Ultimamente tenho falado com muitas mulheres sobre o meu projecto slow living e sinto que cada vez mais é importante abrandar, parar, priorizar.

Todas elas comentam comigo o sentimento de culpa que sentem quando param. Quando decidem tirar um tempinho para elas ou para estar com os filhos. Ficam a pensar que deviam estar a fazer outras coisas. Mas, no final, acaba por ser uma dualidade de sentimentos. Porque se não pararem acabam, também, por se sentirem culpadas porque não passaram esse tempo a fazerem o que tanto desejavam: tempo para si mesmas e/ou para estar com os filhos.

Como podes ultrapassar esse sentimento de culpa?

Não é fácil. Requer tempo e trabalho, mas é exequível.
Primeiro é preciso perceber que o trabalho é uma parte de ti. Mas não é a única e talvez não seja a mais importante. Apesar de ser aquela que mais exige de nós e onde, muitas vezes, passamos mais tempo.

Tu és a parte mais importante desta equação e aquela que mais é descurada. Se não estás bem contigo, se não cuidares de ti, não podes cuidar do outro. A tua capacidade de cuidado não está a 100%. Se estás constantemente exausta, sempre em stress, sempre a pensar em tudo o que tens de fazer... não estás em pleno no momento presente e estás em modo de fazedora. Não estás a viver.

Por ultimo, a tua família é o teu grande suporte e precisa de ser cuidada, assim como tu precisas que deixes que ela cuide de ti também.

Parares o trabalho para poderes cuidares destas duas áreas tão importantes da tua vida é como se fosse uma fonte de e energia e bem estar.

Por isso deixa a culpa de lado. Estás a parar para cuidares do todo e não só de uma parte.

Olá, 

Sei que já não venho aqui a algum tempo. Não que me tenha esquecido, mas foram muitas coisas a surgir ao mesmo tempo. 

Boas coisas.

Surgiu uma oportunidade de dar uma entrevista à lux woman sobre mim aliado ao trabalho que tenho vindo a desenvolver na área do Slow Living com mulheres autoimunes.

Estou muito feliz com o resultado final e com o feedback que tenho vindo a receber, espero que gostem.

A técnica pomodoro foi desenvolvida pelo italiano Francesco Cirillo, que procurava uma maneira de aumentar a sua produtividade nos estudos durante os primeiros anos da faculdade. Para isso, ele utilizou um timer de cozinha para organizar suas tarefas. Tinha um cronómetro em formato de um tomate (pomodoro, em italiano) que girava durante 25 minutos, despertando no final deste prazo. Nesse meio tempo, Cirillo concentrava-se nas suas tarefas sem interrupções, mantendo-se 100% focado. 

A técnica baseia -se na ideia de que se dividirmos o nosso fluxo de trabalho em blocos de concentração intensa conseguimos melhorar a agilidade do cérebro e estimular o nosso foco. Em outras palavras, melhoramos a nossa gestão do tempo e ficamos mais eficientes.

Quando o cronómetro tocar (ao fim dos primeiros 25 minutos), faz um X nas tarefas que já concluiste ou anota o teu status de trabalho desenvolvido (por ex: 50% concluído) e faz um e intervalo de 5 minutos. Na pausa, aproveita para fazeres outras coisas não relacionadas às tarefas.

A cada quatro ciclos, faz uma pausa maior (entre 15 e 30 minutos) para descansares. Estes intervalos entre os pomodoros são fundamentais para “oxigenar o teu cérebro” e aumentar a agilidade mental.

O que vais precisar:  

• Um cronómetro para a fazer contagem decrescente ;      

• Uma lista de tarefas (“to-do-list”) e
• Lápis e borracha

Qual o objectivo?

Ajudar quem tem dificuldades em terminar as tarefas dentro do prazo. Esta método garante o fim deste ciclo vicioso e ainda aumenta a tua produtividade. Trata-se de uma ferramenta simples e eficaz para a gerir melhor o seu tempo.

O momento de poder é sempre no aqui e agora. Tu nunca estás preso. É no agora que as alterações se processam, precisamente agora, nas nossas mentes! Não importa, há quanto tempo temos um padrão negativo ou uma doença ou um relacionamento insatisfatório ou falta de dinheiro ou desprezo por nós próprios. Podemos começar a mudar hoje mesmo!

O teu problema já não tem de ser verdade para ti. Podes agora desfazer-te dele. Acredita que és capaz de o fazer.

Recorda-te: tu és a única pessoa que pensa na tua mente! no teu mundo, tu tens o poder e autoridade! 

Foram os teus pensamentos e as tuas crenças anteriores que criaram este momento e todos os momentos até este momento. Aquilo que agora escolhes acreditar, aquilo em que escolheres pensar e dizer criará o momento seguinte, e o dia seguinte, e o mês o seguinte, e o ano seguinte.

O poder da mudança está dentro de ti. Tu tens esse poder de mudar a tua vida.

O ser humano é muito relutante no que se refere à mudança. Faz parte de nós fazer resistência a tudo o que sai do convencional. 

Quando me foi diagnosticado Lúpus, o convencional era o que eu tinha para tentar controlar a doença. A verdade é que a doença estava sempre activa. Faltava algo. Quando comecei a cuidar mais de mim a nível físico e metal e a ter uma vida mais equilibrada, entrei em remissão. E já lá vão uns 10 anos. 

Nem sempre só o que é convencional é bom. Quando aceitamos na vida abordagens diferentes de nos cuidar, o corpo reage e cura-se também. Um completa-se com o outro.

Adoptei o Slow Living como ferramenta e estratégia de auto cuidado.

Hoje vivo de forma mais tranquila. Aprendi a desacelerar e não falo só no desacelerar de andar sempre a correr de um lado para o outro, mas um desacelerar interno. O caos pode estar acontecer à minha volta e eu continuo calma, porque não tem a ver comigo. 

Não confundas este ser Slow com o ser lento. Não tem nada a ver com isso. Ser Slow é viver no momento presente aproveitando e saboreando tudo o que o momento tem para dar. É estar focado naquilo que se está a fazer. É acelerar quando é preciso e logo a seguir conseguir ir para aquele lugar de paz.