Eu amo e aceito o meu corpo como ele é
Não foi fácil olhar para o corpo e achá-lo bonito, desejável. Tirar a roupa, mostrar-me, era difícil. Não achava que tinha um corpo bonito pelas marcas todas que o Lúpus foi fazendo nele. Ainda hoje há dias em que o espelho não é o meu melhor amigo.
Primeiro as manchas nas pernas fizeram-me sentir que algo me tirava a beleza, a sensualidade feminina. Depois quando engordei perto de 20 kg pela imensa cortisona que tomei e pelos líquidos que acumulei de uma insuficiência renal que por milagre não fez estragos. Depois pelas operações que me deixaram cicatrizes.
O meu corpo já sofreu muito e eu com ele, mas sobrevivemos e renascemos juntos.
Hoje mostro-me ao mundo com orgulho de mim e das minhas marcas, elas contam a minha história, são elas que fizeram de mim esta mulher poderosa que sou hoje.